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FAQ: Novo Modelo de Financiamento de Custeio da Atenção Primária à Saúde

As perguntas e respostas abaixo tratam de dúvidas sobre a mudança de modelo de financiamento da Atenção Primária à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde, instituído pela Portaria nº, de 2.979 de 12 de novembro de 2019. Este FAQ está dividido em quatro blocos de questões. O primeiro responde às dúvidas gerais relacionadas à mudança do modelo de financiamento. Já o segundo bloco traz respostas aos questionamentos a respeito da Capitação Ponderada. O terceiro dispõe sobre o Pagamento por Desempenho, e o quarto bloco aborda as dúvidas relacionadas aos Incentivos para Ações Estratégicas.

Confira aqui as perguntas e respostas

 

Fonte: https://www.conasems.org.br/

Adesão ao programa Informatiza APS já pode ser feita pelo e-Gestor

O sistema de adesão ao programa que permite solicitar custeio mensal para informatização da Atenção Primária à Saúde (APS) já está disponível no e-Gestor AB. O Programa de Apoio à Informatização e Qualificação dos Dados da Atenção Primária à Saúde (Informatiza APS) faz parte da estratégia de saúde digital do Ministério da Saúde, o Conecte SUS, e visa informatizar as unidades de saúde de todo o país.

Podem participar do programa as Equipes de Saúde da Família (eSF) e Equipes de Atenção Primária (eAP) cadastradas no Sistema Nacional de Cadastro de Estabelecimentos de Saúde (SCNES) e que fazem uso de sistema de prontuário eletrônico nos ambientes de atendimento direto ao cidadão. Para que essas equipes possam receber custeio do programa Informatiza APS, é necessário que tenham enviado informações à base federal por meio de sistema de prontuário eletrônico em pelo menos uma das três competências anteriores à solicitação de adesão.

A adesão se confirmará após publicação de portaria de homologação pelo Ministério da Saúde. O uso de sistema de prontuário eletrônico é recomendado em toda a rede de Atenção Primária à Saúde, preferencialmente o Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) da estratégia e-SUS APS, disponibilizado pelo Ministério da Saúde, ou outro sistema compatível com o modelo de dados adotado como referência.

Valores de custeio
O financiamento do programa Informatiza APS considera a classificação geográfica rural-urbana estabelecida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o recurso será de custeio pago mensalmente por equipe informatizada.

Para Equipe de Saúde da Família em:

  • Municípios com tipologia urbano ou intermediário adjacente: R$ 1.700,00 (mil e setecentos reais);
  • Municípios com tipologia intermediário remoto ou rural adjacente: R$ 2.000,00 (dois mil reais);
  • Municípios com tipologia rural remoto: R$ 2.300,00 (dois mil e trezentos reais).

Para as Equipes de Atenção Primária, os valores de custeio serão proporcionais aos valores para eSF:

  • eAP de Modalidade I – 50% do valor do incentivo definido para eSF; e
  • eAP de Modalidade II – 75% do valor do incentivo definido para a eSF.

O repasse terá início a partir do primeiro envio dos dados da Atenção Primária à Saúde por meio de prontuário eletrônico ao Ministério da Saúde, após a publicação da portaria de homologação da adesão, se observados os requisitos e parâmetros mínimos do Programa Informatiza APS.

Projeto Piloto
Os municípios de Alagoas poderão receber também incentivo de apoio à implementação da informatização para as equipes não informatizadas. O estado foi escolhido para o Projeto Piloto do Conecte SUS pois os municípios do território alagoano possuem alta cobertura de Estratégia Saúde da Família (ESF), porém apenas 24% dos estabelecimentos de APS são informatizados.

Os municípios desse estado que aderirem ao projeto piloto receberão incentivo financeiro federal de custeio de apoio à implementação da informatização para cada estabelecimento de saúde da APS com eSF ou eAP não informatizadas. O custeio de apoio à implementação também deve ser solicitado pelo sistema e-Gestor.

O valor pode variar de R$ 4.250,00 a R$ 11.500,00, conforme classificação geográfica rural-urbana estabelecida pelo IBGE e tipo de equipe. O incentivo será transferido aos municípios de Alagoas em parcela única após a publicação da portaria de homologação da adesão. O gestor tem o período de seis meses para implementar a informatização e regularizar o envio dos dados. O não cumprimento do prazo e dos requisitos acarretará o cancelamento automático da adesão ao projeto e a necessidade de devolução dos recursos financeiros recebidos.

Para solicitar custeio mensal para informatização da Atenção Primária à Saúde (APS), os gestores municipais precisam enviar pedido pelo sistema no e-Gestor AB. O Programa de Apoio à Informatização e Qualificação dos Dados da Atenção Primária à Saúde (Informatiza APS) faz parte da estratégia de saúde digital do Ministério da Saúde, o Conecte SUS, e vai apoiar a informatização dos estabelecimentos de APS de todo o país.

Logo abaixo saiba como solicitar recurso de custeio e incentivo de implementação (repasse disponível apenas para os municípios de Alagoas e participantes do projeto piloto).

Custeio

Incentivo de implantação para os municípios de Alagoas (Projeto Piloto)

Com informações: SAPS/MS

Fonte: https://www.conasems.org.br/

Ministério terá retrato da saúde da população

Parceria com o IBGE garantirá investimento de R$ 30,1 milhões para a realização de três pesquisas, com foco na saúde da mulher e da criança nos atendimentos da Atenção Primária

O Ministério da Saúde e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) formalizaram, nesta segunda-feira (9/12), termo de Cooperação Técnica de Pesquisa em Saúde de Base Domiciliar Nacional para coletar informações importantes sobre a saúde da população e a capacidade do Sistema Único de Saúde (SUS), com foco na Atenção Primária à Saúde (APS). O convênio contará com R$ 30,1 milhões do Ministério da Saúde para a realização de três pesquisas: a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS) e a Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária (AMS). Com a cooperação, o Ministério da Saúde aproveita inquéritos já realizados pelo IBGE para incluir assuntos relevantes para a avaliação do momento atual do SUS. A definição das pesquisas e seu conteúdo é uma parceria interministerial entre o Ministério da Saúde e o Ministério da Cidadania.

Para o secretário de Atenção Primária à Saúde, Erno Harzheim. o convênio também fortalece a agenda de modernização do Ministério da Saúde. Assim, o cidadão e a gestão pública ganham com dados mais precisos, com maior frequência e transparência à disposição. “Em uma das parcerias com o IBGE, o Ministério da Saúde vai adquirir parte dos equipamentos utilizados na coleta de dados do censo. Ao final, nós receberemos um número ainda maior desses equipamentos que serão utilizados para a nossa própria coleta de dados”, justificou o secretário.

A parceria traz uma sinergia orçamentária entre ministérios, entre instituições, muito importante. “É um exemplo de coordenação e colaboração entre instituições. Os Dispositivos Móveis de Coleta (DMO) que vamos usar no censo demográfico de 2020 serão repassados para o Ministério da Saúde e darão um novo dinamismo a todas as pesquisas da área, no país inteiro. É uma colaboração de instrumentos fundamental que mostra a economicidade na prática”, destacou a presidente do IBGE, Suzana Cordeiro.

SAÚDE DA MULHER E CUIDADO À CRIANÇA

A Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS), que foi realizada pela última vez em 2006, vai atualizar as informações sobre a saúde da mulher e da criança para construção de séries históricas e estudos comparativos em nível nacional e internacional. De forma inédita, a PNDS agora contará com instrumentos para avaliação da Atenção Primária, porta de entrada do SUS, em relação ao cuidado oferecido à população. A pesquisa terá início no primeiro semestre de 2021 e, por meio de entrevistas domiciliares com visitas em 110 mil domicílios, fornecerá dados e indicadores relevantes para o contexto da saúde da mulher e da criança, com foco em reprodução, amamentação e saúde nutricional.

Na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), a ser iniciada em 2020 com visitas a 210 mil domicílios no país, será abordada a Atenção Primária à Saúde (APS) e o desenvolvimento infantil, permitindo o diálogo intersetorial com outras políticas públicas, como o Marco Legal da Primeira Infância, do Ministério da Cidadania.

Nessa pesquisa, serão incorporados dois módulos para abordar a saúde da população infantil. Um deles vai avaliar a qualidade da APS na perspectiva do cuidado à criança, com a inserção do PCATool-Brasil (modelo de avaliação da qualidade de serviços que se baseia na mensuração de aspectos de estrutura e processo dos serviços de saúde) em sua versão infantil. O outro inclui o módulo de desenvolvimento infantil por meio do instrumento de avaliação do projeto Primeira Infância para Adultos Saudáveis (PIPA), devido à relevância do cuidado dessa fase da vida para o Ministério da Saúde.

CAPACIDADE DO SUS

Também será feito o resgate da histórica Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária (AMS), que teve a última edição em 2009. Essa pesquisa será por inquérito telefônico e atualizará o perfil da capacidade instalada do SUS, considerando os subsistemas público e privado, além de permitir conhecer o perfil da força de trabalho em saúde e da oferta e uso dos equipamentos médico-hospitalares.

Para a Atenção Primária à Saúde, haverá um módulo específico para avaliar a estrutura das unidades de saúde familiar, permitindo a conexão com o novo e-SUS AB (estratégia de qualificação da gestão da informação) e a base Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Para a AMS estão previstos aproximadamente a participação de 100 mil estabelecimentos de saúde no país e a previsão de realização é no 2º semestre de 2021.

 

Fonte: https://www.conass.org.br/ministerio-tera-retrato-da-saude-da-populacao/

Oficina avalia projetos em execução a partir de 2018 no âmbito do PROADI-SUS

O Programa prevê parceria entre Ministério da Saúde e Entidades de Saúde de Reconhecida Excelência para execução de projetos para o fortalecimento e desenvolvimento do SUS

Uma comissão avaliadora composta por 18 representantes de secretarias do Ministério da Saúde, entidades vinculadas, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) analisaram 74 projetos do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), entre os dias 2 e 4 de dezembro, durante da 1ª Oficina de Monitoramento e Avaliação PROADI-SUS, realizada em Brasília.

Foram avaliados todos os projetos do Triênio 2018-2020 que tiveram pelo menos seis meses de execução em 2018, nas áreas de Pesquisa, Assistência, Capacitação, Gestão e Tecnologia.

“A oficina permitiu conhecer informações importantes sobre a execução de cada projeto, o que subsidiará proposições futuras no âmbito do PROADI-SUS”, afirmou a diretora-substituta do Departamento de Economia da Saúde, Investimentos e Desenvolvimento (DESID/SE/MS), Maria Eridan Pimenta Neta.

Segundo a diretora, os projetos bem-avaliados poderão ser fortalecidos e os que não tiveram boa avaliação passarão por um processo de reorientação dos planos de trabalho junto às áreas finalísticas do Ministério da Saúde. “Em 10 anos do PROADI-SUS, esta é a primeira oficina de monitoramento e avaliação que realizamos”, destacou. Para ela, a oficina também foi uma oportunidade de as áreas do MS conhecerem os projetos vinculados a outras unidades e levantar possibilidades de ações conjuntas, com consequente potencialização de recursos.

“Em algumas áreas, acredito que projetos do PROADI-SUS fizeram a diferença, como na área de transplantes, que envolve procedimentos de alta complexidade e que não é qualquer hospital que faz”, afirmou Carlos Eduardo Sousa, do Departamento de Monitoramento e Avaliação em Saúde (DEMAS/SE/MS). As Entidades de Saúde de Reconhecida Excelência que executam projetos no âmbito do PROADI-SUS são compostas por unidades hospitalares que desenvolvem pesquisas de ponta, como as relacionadas a transplantes de órgãos. “Não tenho dúvida que nessa área estes hospitais têm um impacto significativo no sistema e na fila por transplantes no SUS”, acrescentou.

Para a médica Maria Bernardete Weber, do Hospital do Coração e porta-voz das cinco entidades de excelência, são incontáveis as contribuições dos projetos financiados pelo PROADI-SUS para a saúde pública, desde procedimentos mais complexos até projetos de gestão da prática clínica, como o Saúde em Nossas Mãos, que visa à melhoria da segurança de pacientes e que foi executado em conjunto por todas as instituições. “A atuação conjunta também foi inovadora no projeto, principalmente porque deu a dimensão e a capilaridade necessárias a um país como o Brasil”, disse, defendendo projetos com configuração semelhante para o próximo triênio do programa. “Isso não só torna os projetos mais abrangentes e, assim, com maior impacto, como também possibilitam a racionalização do uso dos recursos”, afirmou.

 O PROADI-SUS

O Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS) foi constituído para a implementação de projetos de fortalecimento e de desenvolvimento do Sistema Único de Saúde (SUS), de forma a promover a melhoria das condições de saúde da população brasileira, por meio de parceria entre o Ministério da Saúde e as entidades de saúde de reconhecida excelência, em contrapartida à isenção fiscal de contribuições sociais para seguridade social.

As regras do Programa visam à transferência, ao desenvolvimento e à incorporação de novos conhecimentos e práticas que sejam resultados dos projetos. Dessa forma, as entidades de saúde de reconhecida excelência podem realizar projetos nas seguintes áreas de atuação: Estudos de avaliação e incorporação de tecnologia; Capacitação de recursos humanos; Pesquisas de interesse público em saúde; e Desenvolvimento de técnicas e operação de gestão em serviços de saúde. E, para serem aprovados, os projetos precisam estar em consonância com o Plano Nacional de Saúde.

Para o triênio 2018-2020, estão previstos R$ 2,1 bilhões em isenções fiscais das contribuições sociais para a seguridade social de cinco entidades de saúde de reconhecida excelência, e, até o momento, os projetos aprovados e em execução totalizam cerca de R$ 1,8 bilhão.

Fonte: Comunicação DESID/SE/MS

 

Doutorado profissional em Gestão e Economia da Saúde divulga edital complementar

O Programa de Pós-Graduação em Gestão e Economia da Saúde (PPGGES) do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) da UFPE divulgou edital de seleção para o curso de doutorado profissional com ingresso em 2020. As inscrições estão abertas até o dia 4 de dezembro. O edital está disponível no Boletim Oficial da UFPE.

Interessados podem se inscrever na secretaria do Departamento de Economia, localizado no 1º andar do CCSA (Campus Recife). A inscrição é feita pessoalmente, ou por meio de procurador, das 8h às 12h ou das 14h às 17h. O programa também aceita inscrições via sedex.

São oferecidas 11 vagas para o curso de doutorado profissional. O resultado será divulgado no dia 23 de dezembro.

Fonte: https://www.ufpe.br/agencia/noticias/-/asset_publisher/VQX2pzmP0mP4/content/doutorado-profissional-em-gestao-e-economia-da-saude-divulga-edital-complementar/40615

Chamada Pública para Submissão de Artigos | JBES – Edição Especial Sustentabilidade e Eficiência do Sistema de Saúde Brasileiro

O JBES – JORNAL BRASILEIRO DE ECONOMIA DA SAÚDE, em colaboração com o Banco Mundial e o Ministério da Saúde, abre chamada pública para submissão de artigos para Edição Especial sobre “Sustentabilidade e Eficiência do Sistema de Saúde Brasileiro”

Sobre a edição

Nas últimas décadas, a partir da criação do Sistema Único de Saúde (SUS), o Brasil consolidou um dos maiores sistemas de saúde do mundo. Nesse período, houve significante aumento da oferta e do acesso aos serviços de saúde, com resultados na melhoria dos indicadores de saúde da população e da proteção financeira. No mesmo período, o sistema de saúde suplementar consolidou a participação no sistema de saúde cobrindo em torno de 25% da população brasileira, sendo o segundo maior mercado de planos e seguros saúde do mundo. Apesar dos avanços e conquistas, o sistema de saúde brasileiro enfrenta desafios para manter um nível adequado de gastos, público e privado, e obter mais valor pelos recursos investidos no setor.

A saúde tem sido frequentemente apontada como uma das principais preocupações da população brasileira. Seja entre os mais de 163 milhões de brasileiros que dependem exclusivamente do SUS, seja dos outros 47 milhões que têm planos ou seguros de saúde. Dados da pesquisa IBOPE-CNI de Avaliação das Políticas de Saúde do Governo, publicada em junho de 2019, apontam que 60% da população avalia o sistema público de saúde brasileiro como ruim ou péssimo. Ainda de acordo com pesquisa do IBOPE, nove em cada dez brasileiros concordam que, considerando o valor dos impostos, a qualidade dos serviços públicos deveria ser melhor no país.[1]

Os desafios são grandes seja no setor público, seja no setor de saúde suplementar. De um lado, o setor público gasta relativamente pouco mas gasta muito mal. Estudos recentes do Banco Mundial apontam que existe escopo de melhorar a eficiência do gasto com saúde, reduzindo desperdícios estimados em R$ 22 bilhões em 2014. As ineficiências são resultado de fatores estruturais como: a fragmentação dos serviços entre níveis de atenção e provedores, de economias de escala no setor hospitalar, ausência de um efetivo sistema de incentivos a provedores e pacientes, regulação inadequada da relação público e privada na provisão dos serviços.

O Banco Mundial e o Ministério da Saúde, idealizadores dessa edição, convidam pesquisadores e gestores a submeterem artigos sobre o tema para a edição especial do JBES. Os artigos ajudarão a apontar caminhos que possam levar ao aprimoramento das políticas públicas de fomento à saúde e das ferramentas de gestão e sustentabilidade dos sistemas público e privado.

Perfil dos Artigos

Esta Edição Especial do JBES tem por objetivo reunir atores do sistema de saúde no Brasil para discutir oportunidades e desafios de novos modelos e processos de assistência, remuneração de provedores de serviços de saúde, gestão e controle custos, nos sistemas de saúde público e privado, assim como as experiências exitosas e os problemas atualmente observados nos cenários brasileiro e mundial.

A edição especial terá um total de 10 (dez) artigos selecionados por meio dessa chamada pública. Outros cinco artigos serão produzidos por pesquisadores e gestores com experiência em análise e implementação de políticas de saúde voltadas à eficiência do gasto.

A chamada pública almeja escolher os dez melhores trabalhos baseados nos temas:

• Discussões teóricas e metodológicas sobre mensuração da eficiência no financiamento e provisão de cuidados da saúde;

• Gestão de custos como prática para aprimorar a oferta dos serviços de saúde;

• Aplicações de métodos de mensuração da eficiência em saúde, nos sistemas público e privado, no Brasil;

• Discussões sobre políticas de saúde com foco na eficiência e na sustentabilidade dos gastos com saúde;

• Descrição de experiências na implementação de políticas voltadas para a melhoria da eficiência (no SUS e na saúde suplementar), destacando questões como a melhoria da eficiência alocativa de recursos, da eficiência técnica, ganhos de eficiência relacionados ao mix público-privado na organização e provisão dos serviços de saúde, ganhos de eficiência relacionados à integração e à regionalização dos cuidados, incluindo o papel da atenção primária na melhoria da gestão.

Serão aceitos Artigos Originais, Revisões Sistemáticas da Literatura, Artigos de Atualização ou de Opinião nos idiomas Português ou Inglês. As Normas para Publicação podem ser encontradas em www.jbes.com.br . Os manuscritos deverão possuir entre 30 e 60 mil caracteres, já incluídos espaços, e devem ser submetidos por meio do endereço eletrônico www.jbes.com.br.

Prazos

O período de submissão terá início em 25 de novembro de 2019 e término em 01 de março de 2020. Os artigos submetidos dentro do prazo serão avaliados e classificados por especialistas segundo processo peer-review.

A edição será lançada e oficialmente publicada em cerimônia prevista para o mês de junho de 2020. Informações adicionais podem ser obtidas por meio do correio eletrônico jbes@jbes.com.br.

[1] Retratos da Sociedade Brasileira: Serviços públicos, tributação e gasto do governo. IBOPE/CNI. 2016.

Atenciosamente, os organizadores

Andre Medici – Banco Mundial

Edson Araujo – Banco Mundial

Maria Eridan Pimenta Neta – Ministério da Saúde

Wilson Follador – Consultor Independente

 

Realização:

Seminário do CNMP discute efetividade das Políticas Públicas de Saúde

Estão abertas as inscrições para o seminário “Ministério Público, Diálogos Institucionais e a Efetividade das Políticas Públicas de Saúde”. Promovido pela Comissão de Aperfeiçoamento da Atuação do Ministério Público na Saúde (CES) do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o seminário acontecerá no auditório do CNMP, em Brasília-DF, nos dias 28 e 29 de novembro.

O evento tem como objetivo promover o diálogo entre as instituições atuantes na área da saúde, fomentando as discussões e interlocuções sobre o tema, com a participação de membros de todas as unidades e ramos do Ministério Público, da Magistratura, da Defensoria Pública, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e de gestores responsáveis pelo planejamento e execução da política pública sanitária.

Para se inscrever, os integrantes dessas instituições devem acessar o Sistema de Inscrição de Eventos do CNMP, pelo link https://eventos2.cnmp.mp.br . As vagas serão preenchidas por ordem de efetivação das inscrições.

A abertura acontecerá às 9h30 do dia 28, com a participação da presidente da CES/CNMP, conselheira Sandra Krieger; do ex-presidente da CES/CNMP, conselheiro Luiz Fernando Bandeira de Mello; e da conselheira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Candice Galvão. O Presidente do Conasems, Wilames Freire Bezerra, fará uma palestra às 11 horas da sexta-feira com o tema “Financiamento da saúde pelos municípios”.

Clique aqui para acessar a programação.

Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (61) 3366-9197 / 3315-9470 ou pelo e-mail: ces@cnmp.mp.br.

 

Fonte: https://www.conasems.org.br/seminario-do-cnmp-discute-efetividade-das-politicas-publicas-de-saude/

Fórum sobre efeitos na saúde com o novo regime fiscal discute sistema tributário brasileiro

O IV Fórum de Debates – Novo Regime Fiscal: Efeitos na Saúde aconteceu nesta sexta-feira (22) e reuniu nomes de destaque da economia nacional. Promovido desde 2016 pelo Conasems, o evento contou com palestra de abertura do ex-presidente do Banco Central do Brasil, Armínio Fraga tendo como debatedor o economista sênior do Banco Mundial, Edson Araújo.

Em sua explanação, Armínio Fraga apresentou pesquisa do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (Ieps) que revelou que o Brasil precisa aplicar em cerca de um trilhão de reais em saúde até 2060. “A aritmética é dramática porque setores como saúde e educação não têm mais como ter seus gastos reduzidos. O engessamento do orçamento federal é tamanho que não vai ser possível chegar a uma solução fiscal no país sem mexer na parcela que está engessada”, disse Fraga.

Com base na situação econômica e fiscal atual do Brasil, que inclui dentre outras coisas recessão, queda de quase 10% da renda per capita e crescimento da dívida pública, o estudo do Ieps sinaliza que é necessário considerar o peso demográfico e o crescente envelhecimento populacional. “O que eu chamo de solução? Nós precisamos ter um gasto público que seja mais eficiente e que tenha uma estrutura que permita que a economia seja justa, como grau adequado de progressividade, mas também de assistência e equidade”, explicou o ex-presidente do Banco Central.

A Emenda Constitucional 95 impõe, desde 2017, um limite de gastos da União. A cada novo exercício os gastos da União não podem ultrapassar o volume do ano anterior, acrescido do percentual de inflação (IPCA). Durante o fórum, o presidente do Conasems, Wilames Freire enfatizou que “limitações no orçamento da União, que detém grande parte da arrecadação, não deveriam atingir os gastos com as ações e serviços de saúde. O crescimento e envelhecimento da população, o aumento de desempregados que perderam seus planos de saúde, a incorporação de novas tecnologias, o maior número de pacientes com doenças crônicas oneram os gastos da saúde muito além da inflação, sobretudo para os municípios, esfera de governo com menor poder de arrecadação”.

Dados históricos demonstram que o gestor federal do SUS vem migrando a responsabilidade do financiamento e neste processo os municípios aumentaram significativamente o aporte de recursos próprios em ações e serviços públicos de saúde. Nos últimos 25 anos a composição total dos gastos com saúde passou na União de 70% para 43% e no caminho inverso para os Municípios de 16% para 31%. A cada ano municípios aplicam, além do mínimo constitucionalmente estabelecido, cerca de R$30 bilhões.

Vilma Conceição Pinto, economista na Fundação Getúlio Vargas, tratou do sistema de tributação no Brasil. “A perda de dinamismo da carga tributária após a crise global em 2008 e 2009 acabou refletindo também no financiamento da saúde. Nós temos mudanças muito profundas e muito rápidas acontecendo tanto na economia quanto na sociedade e ninguém sabe qual serão os tributos que idealmente devem ser cobrados daqui 10 anos, por exemplo. A única certeza que se tem sobre o futuro é que o atual sistema tributário ou é inadequado ou pode ser insuficiente. É preciso deixar claro que o Brasil é campeão de ineficiência do sistema tributário”, explicou Vilma Conceição.

O Secretário de Planejamento Energia e Loteria do Ministério da Economia, Alexandre Manoel, apresentou as principais medidas de ajuste fiscal defendidas pelo Governo Federal. Foi exposta em especial a proposta de desvinculação do orçamento em Saúde e Educação. Para o secretário a desvinculação “é uma medida que dá mais liberdade para a execução do orçamento, sem prejudicar o município”. De acordo com o professor da Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas, Márcio Holland, “a sustentabilidade orçamentária do sistema público de saúde frente ao limite mínimo de gastos do Ministério da Saúde contrapõe o índice inflacionário e o índice de inflação da saúde”.

Também palestraram no evento os economistas Alexandre Andrade e Gustavo Andrey e o professor Áquilas Mendes

Confira mais fotos

 

Fonte: https://www.conasems.org.br/forum-sobre-efeitos-na-saude-com-o-novo-regime-fiscal-discute-sistema-tributario-brasileiro/

Ministério da Saúde disponibiliza nova versão de sistema para transmissão de dados da Assistência Farmacêutica

Web Service da BNAFAR permite a transmissão de dados de posição de estoque, entrada, saída e dispensação de medicamentos em todo território nacional

O Ministério da Saúde disponibilizou uma nova versão do sistema de comunicação Web Service da Base Nacional de Dados de Ações e Serviços da Assistência Farmacêutica (BNAFAR), para que os estados e municípios possam enviar os dados de posição de estoque, entrada, saída e dispensação de medicamentos. A nova versão do Web Service atende às exigências da Portaria GM/MS Nº 1.737 de 2018 e permite recepcionar os dados da Assistência Farmacêutica do país para a Base Nacional.

A partir da composição da BNAFAR, será possível aprimorar o planejamento nas três esferas do SUS, dimensionando melhor a gestão de medicamentos no país e evitando desperdícios de recursos públicos, a exemplo do monitoramento da data de vencimento de medicamentos e remanejamento de unidades. A BNAFAR integra a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) que compõe o Programa Conecte SUS. Este Programa faz parte da estratégia de Saúde Digital definida pelo Governo do Brasil para informatização da saúde do país e que visa integrar informações do cidadão em uma grande rede de dados.

A versão anterior do Web Service apresentava inconsistências, o que gerou a suspensão temporária da obrigatoriedade da transmissão dos dados da Assistência Farmacêutica para a BANFAR.  Desde outubro de 2017, mais de 1.700 (mil e setecentos) municípios realizaram a transmissão de dados. Além disso, mais de 2.000 (dois mil) municípios utilizam o Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica (Hórus), também integrante da BNAFAR.

Assim, após um período intenso trabalho do Departamento de Informática do SUS – DATASUS, em parceira com o Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do  Ministério da Saúde – DAF/SCTIE/MS, Conselho Nacional de Secretários de Saúde – CONASS e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde – CONASEMS, a nova versão do Web Service foi homologada de forma tripartite em 11 de novembro de 2019. Com isso, fica reestabelecida a obrigatoriedade do envio de dados por parte dos estados e municípios, em consonância com a Portaria GM/MS Nº 1.737 de 2018.

Os dados a serem transmitidos são referentes aos medicamentos dos Componentes Básico, Estratégico e Especializado da Assistência Farmacêutica. Por enquanto, apenas os municípios que não possuem conectividade, e que não estejam habilitados no eixo Estrutura do Programa Nacional de Qualificação da Assistência Farmacêutica no Sistema Único de Saúde (Qualifar-SUS), não possuem obrigatoriedade de envio dos dados de dispensação para a BNAFAR.

Mais informações sobre a BNAFAR podem ver obtidas aqui

 

Fonte: https://www.conass.org.br/ministerio-da-saude-disponibiliza-nova-versao-de-sistema-para-transmissao-de-dados-da-assistencia-farmaceutica/

2º Seminário Jurídico discute o controle judicial dos Atos Administrativos da ANS

O controle judicial dos Atos Administrativos da ANS, Agência Nacional de Saúde Suplementar, foi o tema do primeiro painel do 2º Seminário Jurídico de Seguros. Moderado pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça Luis Felipe Salomão, o debate trouxe diferentes visões técnicas sobre o controle judicial dos atos da ANS, incorporação de tecnologias e medicina baseada em evidências.

Segundo o ministro Luis Felipe, foi muito importante o Seminário Jurídico de Seguros trazer tantos temas relevantes e comentados por especialistas de diferentes áreas técnicas. “Essa é uma oportunidade, fora dos processos, de parar, refletir e ponderar sobre esses temas que estão ao encargo da magistratura”.

Para a juíza Federal no Paraná Ana Carolina Morozowski, especializada em saúde, o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde criado por lei e atualizado pela agência a cada dois anos não admite exceções. “Se o Rol é mínimo, ele não admite um universo indefinido. Portanto, é taxativo”, afirmou.

A juíza Ana Carolina reforçou a função das agências reguladoras, destacando a necessidade de existirem regras claras feitas por essas agências para que a justiça possa agir em casos de conflito. “Essa regulação não é clara e talvez por isso tanta judicialização

Em sua exposição, destacou que os juízes devem pensar no bem coletivo e não apenas no bem individual, pois, toda mutualidade de beneficiários é afetada por suas decisões.

Esclareceu que, nos casos dos medicamentos oncológicos ministrados em ambulatórios ou hospitais, a lei prevê a sua cobertura. E os medicamentos oncológicos orais de uso domiciliar têm sua relação prevista no rol de procedimentos da ANS que deve ser respeitada pelos juízes.

Em conclusão destacou que o Rol é taxativo, e a taxatividade atende a existência de diferentes planos, o ciclo de atualização com análise de evidências científicas e de economia em saúde, conforme previsto na Resolução ANS 439/2018, e o equilíbrio econômico dos planos em atenção a toda mutualidade de beneficiários.

Rogério Scarabel Barbosa, diretor da ANS, lembrou que o Rol de Eventos e Procedimentos da ANS está em constante atualização. “No momento temos 215 medicamentos, procedimentos e termos descritivos seguindo para análise técnica. Já excluímos outros 244 que no momento não obedecem a regras para inclusão no Rol da ANS”. Scarabel destaca ainda a importância do setor de saúde suplementar para a Agência. “Temos pesquisa do Ibope que mostra que o terceiro desejo da população é ter um plano de saúde”. O diretor da ANS lembra também a quantidade de empregos criados pelo setor de saúde suplementar. “Manifestamos o desejo de manter trabalho constante com as operadoras para aumentar a quantidade de pessoas com acesso à saúde suplementar no Brasil”, afirmou ainda.

Helton Freitas, diretor da FenaSaúde e presidente da Unimed Seguros, explicou o quanto a judicialização de casos pode prejudicar todo o coletivo de segurados. Segundo Freitas, existe um grande recurso nas operadoras, que é a ouvidoria, que não vem sendo acionado pelos consumidores. “Temos hoje 80% das demandas que chegam às ouvidorias sendo atendidas. Infelizmente, a quantidade de casos que seguem para judicialização sem passar antes pelas ouvidorias é muito grande”, constatou.

“Essa judicialização em exagero acaba liberando procedimentos não acordados entre consumidor e operadora. Esses casos acabam aumentando o valor final das mensalidades dos planos de saúde e por consequência tiram consumidores jovens e de baixo risco do sistema de saúde suplementar”. O diretor da FenaSaúde ressaltou que a melhora do sistema de saúde suplementar, com preços mais viáveis a essa população, certamente vai auxiliar a desafogar a saúde pública, porque reduz a demanda do SUS, Sistema Único de Saúde.

Casos práticos do explicado por Helton Freitas foram mostrados por Mario Ferreti, médico especialista do Hospital Israelita Albert Einstein, que está no comando de um núcleo para segunda opinião médica em casos com indicação de cirurgia de coluna. “O trabalho do núcleo criado no Albert Einstein mostrou que 68% dos casos com indicação de cirurgia na verdade deveriam ser tratados com métodos mais conservadores. Na verdade, 10% dos casos nem eram questões ligados à coluna”. Em breve será publicado um estudo realizado no hospital, mostrando a importância dessa segunda opinião para todo o sistema de saúde suplementar.

As cirurgias de coluna já tiveram casos de fraude, especialmente em uso de próteses, em grande quantidade. Os gastos com esse tipo de cirurgias são sempre muito elevados. Ferretti mostrou que nos EUA, por exemplo, existem formas do poder público regular se médicos estão recebendo valores de laboratórios e da indústria da saúde em geral. “O Physician Payment Sunshine Act faz com que a indústria ligada à saúde tenha que publicar a cada ano quanto eles pagam para médicos em todo o país. Isso traz uma transparência”.

Exemplificou ainda as diferenças entre os procedimentos de cifoplastia e vertebroplastia, este último coberto pelo Rol com evidências científicas comprovadas da efetividade e benefícios ao paciente.

Luciana Yeung, economista do Insper, Instituto de Ensino e Pesquisa, foi muito didática em mostrar a importância da mutualidade nos contratos da saúde suplementar e quanto o não cumprimento de contratos, avalizado pela judicialização de casos, traz custos altos e pode inviabilizar o sistema. “Preservar a mutualidade, cumprindo o que foi acordado no contrato, ajuda para que as pessoas não saiam do sistema devido aos altos custos.”

Fonte: https://www.segs.com.br/seguros/204271-2-seminario-juridico-discute-o-controle-judicial-dos-atos-administrativos-da-ans