Ministério mobiliza Rede Ecos durante encontro virtual da rede colaborativa em Economia da Saúde

Uma rede é feita de entrelaçamentos, de mãos que atuam em coletivo e que compartilham experiências. Esse foi o tom da reunião da Rede de Economia e Desenvolvimento em Saúde (Rede Ecos), realizada esta semana pelo Ministério da Saúde (MS), em ambiente virtual. A Rede de cooperação técnica existe há 13 anos, e mobiliza diversos atores que buscam apoiar a implementação de políticas públicas em Economia da Saúde.

O secretário de Ciência e Tecnologia, Carlos Gadelha, marcou presença no evento e ressaltou a importância desta articulação para a pasta. “A Rede Ecos é forte, potente, diversa e estabelece parcerias que estão representadas pelas instituições aqui presentes. Gostaria de estabelecer o meu compromisso e o da ministra Nísia Trindade para termos uma Rede cada vez mais forte, que reforce nosso modelo de democracia”, afirma o secretário.

Na ocasião, foram apresentadas duas novidades do setor da Economia da Saúde – o novo Portal de Economia e Desenvolvimento em Saúde e o aplicativo MotinoraSUS, que fornece aos cidadãos uma ferramenta de transparência sobre os gastos públicos por habitantes, em recortes municipais, estaduais e federais, por meio de dados coletados pelo Sistema de Informação sobre Orçamentos Públicos em Saúde, o Siops.

“Simples e descomplicado para o usuário, este aplicativo simboliza o potencial da pesquisa brasileira, da capacidade de nossa gente, e o quanto a economia pode gerar dados sobre o que o Brasil precisa”, comenta Gadelha. O aplicativo foi uma iniciativa da Fiocruz Pernambuco e, diante do sucesso inicial do projeto, o Departamento de Economia e Desenvolvimento em Saúde (Desid) decidiu por integrá-lo como estratégia do Ministério da Saúde, refinando o aplicativo no decorrer do ano de 2024.

Já o novo layout do portal soma, em um só lugar, mais dinamismo para as notícias da Rede, agendas de cursos e capacitações nacionais e internacionais e a disseminação de informações sobre os Núcleos de Economia da Saúde (NES). Lá, também, encontra-se  a já consolidada Biblioteca Virtual de Economia da Saúde (BVS Ecos), com um acervo que auxilia gestores e pesquisadores do SUS na busca por estudos sobre áreas correlatas ao setor.

Gerida pelo Departamento de Economia e Desenvolvimento em Saúde, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, do Ministério da Saúde (Caesa/Sectics/MS), a Rede está aberta a todas as instituições que queiram trabalhar conjuntamente e cooperar para o aperfeiçoamento da gestão do SUS por meio do conhecimento em Economia da Saúde.

PIONEIROS – O evento também contou com as apresentações de dois Núcleos de Economia da Saúde (NES) pioneiros em seus estados –  o de Uberaba (MG), instituído em 2023, e o mais recente, de Piracicaba (SP), instituído este ano. “Ter um NES aqui na região é a possibilidade da mudança de cultura com relação ao controle de gastos. Esse controle deve ser planejado e racional, pois se trata de dinheiro público e, portanto, é preciso ser gasto com responsabilidade, com cotações que validem as melhores oportunidades para o setor da  saúde”, defende Marcelo Pinto de Carvalho, secretário municipal de Piracicaba.

Ambos relataram suas experiências de implementações pioneiras em seus estados, ressaltando a importância de participar da elaboração, do monitoramento e do acompanhamento da execução do orçamento das respectivas secretarias de saúde.

“O NES subsidia a gestão no processo de tomada de decisão através das ferramentas da economia da saúde, reunindo profissionais com capacidade técnica multidisciplinar para efetuar, desenvolver e executar ações importantes para o SUS. Assim, é possível desenvolver estudos e avaliações que otimizem essas ações e melhorem as condições de distribuição dos recursos disponíveis, visando melhorar a equidade e a eficiência dos gastos”, afirma Simone Ramos, diretora de Assuntos Estratégicos da Secretaria Municipal de Uberaba.

Raquel Monteath

Ministério da Saúde

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