Programa prevê investimentos da ordem de R$ 2 bilhões em recursos oriundos de isenções fiscais para o triênio 2021-2023 e conta atualmente com 152 projetos em execução
O comitê gestor do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) aprovou nesta quarta-feira (25/08) mais dois projetos e três propostas a serem desenvolvidas no âmbito do programa. A aprovação ocorreu durante a 8ª reunião do comitê gestor do programa, realizada na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS).
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Bruno Dalcomo, participou da reunião e destacou a importância do Proadi-SUS para o fortalecimento do SUS. “Podemos ver, pela necessidade e significância dos temas apresentados pelos projetos aprovados hoje, a importância de termos um programa como o Proadi-SUS. São recursos que não viriam a princípio para a saúde e que chegam até nós para complementar nosso orçamento e financiar ações estratégicas na área de pesquisa, gestão e incorporação de tecnologias”, destacou.
Para a diretora do Departamento de Cooperação Técnica e Desenvolvimento em Saúde (Decoop/SE/MS), Ana Paula Siqueira, os projetos desenvolvidos no âmbito do Proadi-SUS passam por uma análise técnica criteriosa até serem aprovados em última instância pelo comitê gestor. “Não medimos esforços para garantir que cada projeto seja celebrado com a maior brevidade possível e que sejam cumpridos padrões técnicos em consonância com os objetivos e metas do Plano Nacional de Saúde vigente (2021-2023), que são proporcionar saúde de qualidade, equânime e universal para todos os brasileiros”, lembrou.
Aprovações
O primeiro projeto aprovado contará com R$ 7,3 milhões para a realização de um estudo clínico randomizado de avaliação da eficácia da dapagliflozina, fármaco desenvolvido para o tratamento da diabetes tipo 2, em pacientes críticos. A pesquisa busca reduzir o desfecho hierárquico de mortalidade e avaliar a necessidade de terapia de substituição renal, bem como tempo de estadia em UTI para esses pacientes. O projeto será executado pelo Hospital Albert Einstein e finalizado até 31 de dezembro de 2023.
Já o segundo, oferta um MBA em Liderança e Gestão Pública na Saúde, com o objetivo de capacitar 60 profissionais em competências avançadas de liderança e gestão pública, com foco no aumento da eficiência do SUS. O projeto também será executado pelo Hospital Albert Einstein até 31 de dezembro de 2023 e terá o investimento de R$1,6 milhão.
Também foram aprovadas duas propostas para desenvolvimento de projetos de pesquisa sobre prevenção de diabetes; avaliação de incidência de trombose e hemorragia relacionados ao câncer do sistema nervoso central; e uma para pós-graduação de docência em saúde. Os valores das propostas destes projetos somam quase R$ 8 milhões.
A reunião contou ainda com a participação do secretário-executivo adjunto (SE/MS), Marcus Vinícius Dias; da secretária adjunta da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos (SCTIE/MS), Ana Paula Teles Barreto; da representante da OPAS/OMS no Brasil, Socorro Gross; do presidente do Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Wilames Freire Bezerra; e do vice-presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) da Região Centro Oeste, Sandro Rogério Batista. Também estiveram presentes representantes da Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde (Sgtes/MS) e dos hospitais de excelência que integram o Proadi-SUS.
PROADI-SUS – O Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS) é financiado com recursos de imunidade tributária concedida aos hospitais filantrópicos de excelência reconhecida pelo Ministério da Saúde. Para o triênio 2021-2023 participam seis hospitais de excelência, que propuseram 212 propostas, das quais 152 foram aprovadas, com previsão de alocação de recursos de mais de R$ 2,074 bilhões em três anos. Dos 152 projetos já aprovados para este triênio, 36,8% envolvem o desenvolvimento de técnicas de operação de gestão em serviços de saúde, 32,9% estão direcionados a pesquisas de interesse público em saúde, 25% para capacitação de recursos humanos e 5,3% em estudos de avaliação para incorporação de novas tecnologias no Sistema Único de Saúde (SUS).
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