Ministério da Saúde apresenta estudo sobre gastos públicos com antirretrovirais em conferência europeia

Estudo mergulhou em série histórica de uma década e apresentou uma proposta de alocação mais eficiente dos recursos do SUS para a compra de medicamentos que combatem o HIV/Aids (Foto: Harrison Nascimento/Acervo pessoal)

O Ministério da Saúde apresentou, durante a EuHEA 2024 (European Conference on Health Economics), um estudo comparativo que analisou métodos estatísticos para a previsão dos gastos públicos com medicamentos antirretrovirais no Brasil. O trabalho comprovou que o método de cálculo de melhor desempenho permitiu realizar, com mais precisão, previsões dos gastos com esses medicamentos, tornando-se uma importante ferramenta para o planejamento orçamentário da União.

“Com esse método, o governo consegue estimar o gasto futuro com antirretrovirais, fornecendo subsídios para a tomada de decisão sobre a alocação de recursos do SUS destinados à aquisição desses medicamentos, garantindo a assistência aos pacientes com HIV/Aids”, pontua o pesquisador do ministério, Harrison Nascimento, que desenvolveu o estudo durante o mês de janeiro de 2024, apresentado na Conferência ocorrida em Viena, na Áustria, entre os dias 30 de junho e 3 de julho.

O trabalho apresentado foi desenvolvido no âmbito da Coordenação de Avaliação em Economia da Saúde do Departamento de Economia e Desenvolvimento em Saúde (Desid), que é responsável por elaborar estudos para subsidiar decisões sobre o financiamento e gasto em saúde, bem como disseminar o conhecimento e informações em Economia da Saúde. Além do estudo apresentado pelo ministério, o evento discutiu temas como o financiamento de sistemas de saúde, as políticas públicas voltadas para a área, avaliações econômicas e inovações tecnológicas do setor, entre outros.

Antirretrovirais

O Brasil teve suas primeiras notificações de casos relacionados ao HIV/Aids ainda na década de 1980, quando os medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram para impedir a multiplicação do HIV no organismo. Desde então, o país tornou-se referência mundial no controle da doença, reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Esses medicamentos ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico. Por isso, o uso regular dos ARV é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas.

Desde 1996, o Brasil distribui gratuitamente os ARV a todas as pessoas vivendo com HIV que necessitam de tratamento. Atualmente, existem 22 medicamentos, em 38 apresentações farmacêuticas.

Raquel Monteath

Ministério da Saúde

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