Ministério da Saúde reúne Núcleos de Economia da Saúde para fortalecer articulação em rede

Foto de Desid/MS

Encontro é o primeiro de 2024 e tem o objetivo de promover a troca de experiências entre os entes federados e o fortalecimento da rede de Economia da Saúde

Representantes dos Núcleos de Economia da Saúde (NES) implementados no Brasil – ou em fase de implementação – estiveram presentes, na última semana (25), na 1ª Reunião Geral dos NES de 2024. O evento online contou com aproximadamente uma centena de participantes e foi promovido pelo Ministério da Saúde (MS) para aproximar os entes e ampliar a visibilidade das experiências regionais e das boas práticas no campo da gestão e da Economia da Saúde.

A ocasião também foi momento para apresentação dos Núcleos de Economia da Saúde do Amazonas, do Pará, de Tocantins e de Porto Alegre, além de oportunidade para a mostra dos resultados preliminares de diagnóstico realizado pelo MS sobre os NES e os sistemas de informação da economia da saúde, hoje em fase de consolidação. “Esses dados vão servir para subsidiar o apoio do Ministério às secretarias estaduais e municipais de saúde”, colocou a Coordenadora de Ações Estruturantes do Departamento de Economia da Saúde (Desid/MS), Jamyle Grigoletto .

Para a líder do Departamento de Economia e Desenvolvimento em Saúde do Ministério da Saúde (Desid/MS), Erika Aragão, a atividade foi de grande importância também para o fortalecimento da Rede de Economia e Desenvolvimento em Saúde (Rede Ecos). “Reafirmamos o compromisso do MS com a rede e em formular e implementar, de forma conjunta, a Política Nacional de Economia da Saúde. Seguiremos nos esforços por essa articulação, para que atuemos e trabalhemos sempre de forma dialogada”, reforçou a diretora.

Histórico

A 1ª reunião de 2024 foi precedida de encontro voltado para núcleos da região Nordeste e do DF, realizado em novembro de 2023. A ocasião também objetivou o fortalecimento da Rede Ecos e favoreceu o intercâmbio de boas práticas em gestão de custos, em gestão orçamentária, e avaliações econômicas para o setor saúde.

As agendas fazem parte do ciclo de encontros trimestrais previsto pela atual gestão para fortalecer os diálogos sobre a Economia e o Desenvolvimento em Saúde e para reativar as discussões tripartites sobre o papel dos NES na promoção da equidade no Sistema Único de Saúde (SUS).

Entre as agendas, também houve a realização do III Simpósio de Economia da Saúde, nos dias 19 e 20 de março de 2024. O momento contou com atores históricos na atuação pela Economia da Saúde e reuniu academia, associações, entre outras entidades, em mais uma agenda estratégica – em breve replicada, presencialmente, também junto aos representantes dos NES estaduais e municipais. “Começamos com agendas paralelas, mas, muito logo, vamos organizar uma atividade de toda Rede Ecos para reunir todos esses atores e os NES em um grande diálogo conjunto”, garantiu a diretora Erika Aragão.

Saiba o que mais participantes falaram sobre a agenda:

Luiza Regina Dias Noleto – Superintendente de gestão e acompanhamento estratégico da Secretaria de Saúde de Tocantins

Essa reunião de integração dos NES nos Estados e municípios responde a dois grandes anseios dos gestores: o primeiro é o de reaproximação e de demonstração de que o ente nacional está atento às necessidades dos gestores e o segundo é a disposição em apoiar as ações dos núcleos.

Mateus Aranda da Silva – Economista da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre

Esse tipo de evento é muito importante para nós, do Núcleo Estadual de Saúde de Porto Alegre, para vermos como os outros estados e municípios estão lidando com a gestão de custos. É uma troca de informações em que aprendemos muito com os demais NES, já que muitas vezes os problemas se repetem e podemos ver como cada ente está lidando com eles, o que nos permite realizar ações que antes não pensávamos.

Maurício Simões Correa – Secretário de Saúde do Mato Grosso do Sul 

Fiquei extremamente satisfeito em descobrir a iniciativa dos NES. Eu vejo a apuração de custos como uma obrigação do gestor, de buscar formação, de buscar o incentivo ao aculturamento da instituição na apuração de custos. Isso porque todas as demais demandas de planejamento, orçamentação e destinação de recursos em saúde vão sempre depender de uma boa apuração. A demanda da saúde é infinita e os recursos também – se você não faz o uso racional do recurso, certamente não conseguirá supri-la, minimamente, já que a demanda é imensa. Estamos determinados a colocar em atividade o NES do Mato Grosso do Sul. Se, ao término da minha passagem pela secretaria do estado de saúde, eu tiver plantado essa semente no seio da secretária, já terei cumprido o meu papel.

Ricardo Rabello – Especialista em Economia da Saúde da Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas

A reunião foi importante para a aquisição de conhecimentos e para a valorização da importância da Economia da Saúde como área estratégica para a tomada de decisões dos gestores. Atualmente, temos uma alta demanda de ações e serviços a serem realizados, em um período de recursos finitos na Saúde, e, para conseguir atender a todas essas demandas, é preciso, cada vez mais, a alocação dos recursos da saúde de forma eficiente para garantir o alcance dos princípios do SUS.

Maciene Mendes – Coordenadora de Gestão de Custos do Desid/MS

“É muito bom ver a apresentação dos Núcleos, observar o quanto o Núcleos continuam evoluindo. Importante perceber na fala deles a utilização das ferramentas não somente enquanto sistemas a serem alimentados, mas como apoio importante na gestão de custos e na tomada de decisão”.

José Henrique Gomes – Economista e líder do Núcleo de Economia da Saúde do Pará

“A gente só tem a agradecer pelo convite em podermos mostrar um pouco do nosso Núcleo de Economia da Saúde e aprender bastante com os outros NES dos municípios ou dos estados. Pudemos verificar o quanto podemos ainda aumentar e melhorar nosso NES, fazer com que ele possa ajudar cada vez mais a nossa secretaria, com dados, com informações. Foi um encontro muito importante, que vai agregar bastante pra gente”.

Priscilla Leonel

Ministério da Saúde

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