Texto e edição: Marina Sousa IPTSP/UFG
No vídeo desta edição, dados apontam para a grande necessidade de buscar equilíbrio financeiro para distribuição de medicamentos
No cenário atual, a discussão sobre as políticas farmacêuticas e a forma como se organiza o financiamento e gestão da assistência farmacêutica se mostra crucial para o sistema de saúde brasileiro. Um dos pontos centrais dessa discussão é a diferenciação entre gastos com medicamentos e o consumo final dos mesmos, a partir de perspectivas orçamentárias e de saúde.
No que diz respeito aos gastos com medicamentos, englobam as despesas realizadas por cada ente da Federação para a aquisição de medicamentos, independentemente do local onde serão administrados. Isso inclui transferências entre diferentes esferas de governo. Na perspectiva orçamentária, engloba todo o orçamento do Ministério destinado à aquisição de medicamentos, seja por aplicação direta ou por meio de transferências.
Segundo a pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Fabíola Sulpino Vieira há outros fatores que influenciam os gastos com medicamentos como as despesas relacionadas aos medicamentos adquiridos e utilizados pelos pacientes em seus domicílios, seja por compra direta ou dispensação em farmácias de unidades de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, Fabíola pontua que o Brasil é dos países que têm maior desembolso direto de medicamentos out of pocket, a despeito das políticas farmacêuticas do SUS.
No vídeo a seguir a pesquisadora que também é coordenadora de Estudos e Pesquisas em Saúde, da diretoria de Estudos e Políticas Sociais (Disoc) do (Ipea) mostra evolução dos gastos com medicamentos ao longo do período de 2010 a 2017, destacando os diferentes componentes da assistência farmacêutica, como também aborda sobre a participação de componentes específicos nos gastos do Ministério da Saúde na despesa com medicamento farmacêuticos, apresentando o aumento da proporção dos gastos no componente estratégico nos últimos anos da série temporal, em relação ao básico e especializado, Fabíola descreve que isso se deve pelo crescimento dos hemoderivados e vacinas.
Portanto, há ainda outros fatores muito importantes que são discutidos por Fabíola, e se você tem interesse em conferir mais um pouco sobre o tema não deixe de ver o vídeo completo AQUI.
O material apresentado faz parte do conteúdo do Curso de Especialização em Economia da Saúde em parceria com o Ministério da Saúde (MS).
* A Newsletter Economia da Saúde está em sua XX Edição e é uma parceria entre a Universidade Federal de Goiás (UFG) com o Ministério da Saúde (MS) por meio do Curso de Especialização em Economia da Saúde da UFG.