Durante o evento, foram destacadas experiências de outros países que resultaram em maior eficiência dos investimentos
Para disseminar o conhecimento sobre modelos de pagamento e possível aplicabilidade no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da Saúde promoveu, na terça-feira (13), o 2º Simpósio de Economia da Saúde. O evento ocorreu na sede da Organização Pan-Americana de Saúde no Brasil (Opas/OMS).
Durante a reunião, o secretário-executivo adjunto do Ministério da Saúde, Marcus Vinícius Dias, apontou a necessidade do desenvolvimento de alternativas inovadoras para aprimorar a forma de pagamento do cuidado à saúde no SUS. “A partir dessa discussão e do trabalho da economia da saúde, construímos a base que, no futuro, possamos remunerar e premiar a promoção da saúde, e não apenas o adoecimento”, exemplificou.
A discussão sobre os modelos de pagamento, de acordo com a representante da Opas/OMS no Brasil, Socorro Gross, é fundamental para pensar a sustentabilidade da saúde pública e a garantia do acesso à saúde. No caso do Brasil, “é preciso levar em consideração o contexto do país e respeitar os princípios do SUS”, pontuou.
Experiências sobre mudanças de modelos de remuneração de sistemas universais semelhantes ao SUS, especialmente os que resultaram em avanços relacionados à melhoria da eficiência, qualidade da oferta dos serviços e ampliação do acesso e da equidade da atenção à saúde, de acordo com as necessidades da população. Esses foram os principais temas abordados no simpósio.
Para melhor subsidiar os temas, foram apresentados estudos sobre modelos de pagamento do financiamento federal do SUS e mapeamento da literatura científica sobre os modelos de remuneração utilizados no Brasil e no mundo. Houve ainda explanação de modelos de pagamento na saúde suplementar brasileira.
O evento também contou com a participação de convidados estrangeiros que abordaram modelos de pagamento em Portugal, nas Américas e no Reino Unido, cujo sistema, o National Health System (NHS), guarda muitas semelhanças com o SUS.
“Ao conhecermos o modo como outros países organizam a alocação de recursos para seus serviços de saúde, podemos encontrar soluções e alternativas para aprimorar a forma como organizamos a nossa alocação, melhorar a qualidade dos serviços e gerar acesso à saúde pública brasileira por meio do financiamento. Assim, podemos garantir o cuidado à saúde mais equitativo e de acordo com as necessidades da população”, destacou o diretor do Departamento de Economia da Saúde, Investimento e Desempenho do Ministério da Saúde (DESID/SE/MS), Everton Macêdo.
Boletim de Economia da Saúde
Durante o evento, foi lançada a nova edição do Boletim de Economia da Saúde, elaborado pela equipe técnica do Departamento de Economia da Saúde, Investimento e Desempenho do Ministério da Saúde. O documento reúne conteúdo sobre o Programa Nacional de Gestão de Custos (PNGC).
Ministério da Saúde