Custo-utilidade da insulina glargina e insulina isófana (NPH) para o tratamento de pacientes com diabetes mellitus tipo 2 atendidos no sistema único de saúde do município de Recife

Ano de publicação: 2014
Teses e dissertações em Português apresentado à Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Ciências Sociais Aplicadas para obtenção do título de Mestre. Orientador: Cavalcanti, Geraldo de Aguiar

INTRODUÇÃO:

O Diabetes Mellitus é um transtorno metabólico, caracterizado por hiperglicemia. É considerada condição sensível à Atenção Primária, tendo impacto por reduzir ou retardar as complicações da doença. A reposição de insulina para o diabete mellitus tipo 2 é indicada quando somente mudanças no estilo de vida associados a hipoglicemiante oral forem insuficientes para obter controle glicêmico.

OBJETIVOS:

Determinar o custo-utilidade da insulina glargina e insulina NPH para o tratamento de pacientes com diabetes mellitus tipo 2 atendidos no Sistema Único de Saúde do Município de Recife – PE.

MÉTODOS:

Foi realizada comparação da categoria custos médicos diretos de duas intervenções terapêuticas indicadas para o tratamento do diabete mellitus tipo 2. A avaliação de custo-utilidade foi realizada a partir da perspectiva do Sistema Único de Saúde. Foi considerado um horizonte analítico de 10 anos. Os dados coletados foram de fontes secundárias, de sistema de informação em saúde, dados dos relatórios emitidos nos sistemas de informatização das Farmácias do Recife e da Farmácia do Estado de Pernambuco e fontes da literatura. Para a análise de decisão, foram consideradas as hipoglicemias noturnas e não noturnas graves e não graves.

RESULTADOS:

O indivíduo médio, representante de Pernambuco, apresenta 8,7 anos de diagnóstico do DM2, recebem aproximadamente 14,4 frascos de insulina NPH ou Glargina ao ano, dados estes, utilizados na probabilidade de transição. Para o cenário das complicações agudas, o custo do usuário foi calculado para 2013: sem complicação em uso da insulina NPH foi de R$ 1.237,95 e para insulina Glargina R$ 4.935,42. Foi considerado 12 episódios de hipoglicemia noturna grave ao ano. A redução de risco de hipoglicemia para pacientes em uso da insulina Glargina é de 50,9% apresentando cinco episódios ao ano. A razão de custo incremental (RCEI) do presente estudo, indica um valor agregado adicionado de R$ 12.987,4892 por AVAQ ganho a cada ano de tratamento com a insulina glargina em relação a NPH.

CONCLUSÕES:

Houve redução de episódio de hipoglicemia noturna grave da insulina glargina comparado com a insulina NPH. Os dados apresentados não permite afirmar qual da intervenção é mais efetiva, apenas mostra que a insulina glargina tem um maior custo-utilidade e um custo médico direto maior. Os custos incrementais e os benefícios alcançados em anos de vidas ganhos produziu uma Razão de R$ 12.987,4892 ao ano para a insulina glargina. Diante das incertezas acerca da efetividade das insulinas analisadas, faz-se necessário a realização de estudos aprofundados entre estas intervenções terapêuticas.(AU)

INTRODUCTION:

Diabetes mellitus is a metabolic disorder characterized by hyperglycemia. It is considered sensitive to Primary Health Care, considering its impacting to reduce or delay complications of the disease. Replacement of insulin for diabetes mellitus type 2 is indicated only when changes in lifestyle associated with oral hypoglycemic agents are insufficient to obtain glycemic control.

OBJECTIVES:

To determine the cost-utility of insulin glargine and NPH insulin for the treatment of patients with type 2 diabetes mellitus treated at the Unified Health System of the Municipality of Recife - Pernambuco.

METHODS:

We compared the direct medical costs of category two therapeutic interventions indicated for the treatment of diabetes mellitus type 2 was performed Assessment of cost-utility analysis was performed from the perspective of the Health System was considered an analytic horizon of 10 years.. The data were collected from secondary sources of health information system data reports issued in the computerization of Pharmacies and Pharmacy Recife Pernambuco State and literature sources systems. For decision analysis, were considered nocturnal hypoglycemia and nocturnal not serious and not serious.

RESULTS AND DISCUSSION:

The average individual, representative of Pernambuco, has 8.7 years of diagnosis of T2DM, receive approximately 14.4 vials of NPH or glargine per year, these data are used in the transition probability. For the setting of acute complications, the user cost was calculated for 2013: Uncomplicated in use NPH insulin was R$ 1,237.95 and R$ 4,935.42 insulin glargine. Was considered 12 episodes of severe nocturnal hypoglycemia per year. The reduced risk of hypoglycemia for patients on insulin glargine is 50.9% with five episodes per year. The ratio of incremental cost (ICER) of this study, indicates a value added of R$ 12,987.4892 per QALY gained every year of treatment with insulin glargine compared to NPH.

CONCLUSION:

There was a reduction of severe nocturnal hypoglycemia episode of insulin glargine compared with NPH insulin. The data presented allows not say which intervention is most effective, just shows that insulin glargine has a higher utility cost and a direct medical cost higher. Incremental costs and benefits achieved gains in years of life produced a ratio of R$ 12.987,4892 year to insulin glargine. Given the uncertainties about the effectiveness of insulin analyzed, it is necessary to conduct in-depth studies of these therapeutic interventions.(AU)

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