Núcleos de economia da saúde: estrutura e percepção dos seus gerentes sobre o uso de estudos econômicos no Sistema Único de Saúde

Ano de publicação: 2017

Nesta Nota Técnica, apresentam-se e discutem-se resultados de pesquisa a respeito da percepção de gerentes de núcleos/unidades de economia da saúde (NES/UES) sobre o uso atual e potencial de estudos econômicos na tomada de decisão sobre intervenções em saúde (políticas, programas e tecnologias), bem como sobre a estrutura dessas unidades em secretarias de saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Para tanto, realizou-se pesquisa exploratória, observacional e transversal. Aplicou-se questionário para autopreenchimento pelos gerentes, contemplando as seguintes dimensões: a) perfil do NES quanto à equipe técnica e à produção de estudos econômicos; b) uso atual e potencial dos estudos econômicos produzidos; e c) barreiras e incentivos ao uso de estudos econômicos na tomada de decisão. Dos onze gerentes dos NES confirmados, oito participaram da pesquisa respondendo ao questionário (73%). Na visão dos gerentes desses núcleos, as principais barreiras para o uso dos estudos econômicos na tomada de decisão pelos gestores são a insuficiência de profissionais da equipe técnica da unidade, o descompasso entre o tempo necessário para a realização dos estudos e o prazo curto para a tomada de decisão, além do conhecimento insuficiente dos gestores sobre o uso de estudos econômicos no processo decisório de intervenções em saúde.

Foram apontados como incentivos para uso desses estudos:

a alocação de mais técnicos ao NES; o preparo dos gestores para o reconhecimento da relevância dos estudos econômicos no processo de tomada de decisão; e maior compartilhamento dos resultados dos estudos entre os núcleos. Observou-se que, apesar dos esforços feitos desde 2002, o número de NES em secretarias de saúde ainda é muito baixo e o uso das evidências econômicas na tomada de decisão em saúde parece muito aquém do que seria desejável. Conclui-se, por fim, que ainda há um longo caminho para a institucionalização do uso do conhecimento e das ferramentas de economia da saúde no SUS, sendo imprescindível para tanto decisão política, regulamentação e investimento em pessoas e sistemas de informação.

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