Carga epidemiológica e econômica da coqueluche no Brasil, 2000 a 2020

Ano de publicação: 2022
Teses e dissertações em Português apresentado à Universidade Federal de Goiás para obtenção do título de Especialista. Orientador: Zara, Ana Laura de Sene Amâncio

Introdução:

A coqueluche afeta todas as idades, mas, mais gravemente os bebês, que apresentam a maior incidência específica por idade, maior prevalência de hospitalizações e maiores taxas de mortalidade pela doença em todo o mundo. É uma doença imunoprevenível e de notificação compulsória no Brasil.

Objetivo:

Estimar a carga epidemiológica e econômica da coqueluche no Brasil, entre 2000 e 2020.

Método:

Foram calculadas as taxas de incidência, de mortalidade e de internações hospitalares, anos potenciais de vida perdidos e custos associados à internação hospitalar e óbitos, da perspectiva do sistema público de saúde. O estudo foi realizado com dados secundários, de domínio público, disponíveis na plataforma do Departamento de Informática do SUS (DataSUS).

Resultados:

Analisando o impacto vacinal em dois períodos (200-2014 e 2015-2020) para as faixas etárias, sugerimos que a imunização de gestantes estimulou a redução de 22,5% dos casos de coqueluche entre menores de 1 ano de idade, 23,4% entre a faixa etária de 5 a 9 anos e 17,6% em indivíduos a partir de 20 anos de idade. Foram computados 46.506,43 anos potenciais de vida perdidos e R$ 255.353.937,00 (I$ 101.090.237,00) pelos óbitos ocorridos por coqueluche entre 2000 e 2020.

Conclusão:

Embora a coqueluche seja uma doença de baixa incidência na população brasileira, possui uma carga epidemiológica e econômica elevada para a sociedade pelo fato de provocar óbitos principalmente em crianças menores de 1 ano. A introdução de vacinação de gestantes contra coqueluche no SUS a partir de 2015 parece ter influenciado na redução das taxas de incidência e de hospitalização pela doença e, consequentemente, reduzido os custos associados. (AU)

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