Avaliação da efetividade e segurança dos novos anticoagulantes orais comparados à enoxaparina na prevenção de tromboembolismo venoso em pacientes submetidos à cirurgia eletiva de artroplastia de joelho ou quadril
Avaliação da efetividade e segurança dos novos anticoagulantes orais comparados à enoxaparina na prevenção de tromboembolismo venoso em pacientes submetidos à cirurgia eletiva de artroplastia de joelho ou quadril

Ano de publicação: 2018
Teses e dissertações em Português apresentado à Universidade Federal de Pernambuco para obtenção do título de Mestre. Orientador: Andrade, César Augusto Souza de

Novos anticoagulantes orais (NACOs) surgiram no mercado com indicação para prevenção do tromboembolismo venoso em pacientes submetidos à cirurgia de artroplastia de joelho ou quadril. Os NACOs atuam na cascata de coagulação como inibidores do fator Xa e como inibidores diretos da trombina. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a efetividade e segurança dos NACOs (apixabana, dabigatrana, edoxabana e rivaroxabana) para prevenção do tromboembolismo venoso em cirurgias de artroplastia de joelho ou de quadril. A comparação foi baseada em tratamento convencional utilizando a enoxaparina, uma heparina de baixo peso molecular. O estudo foi realizado através de revisão sistemática com metanálise, considerando estudos de fases 2 e 3 que se referiram à eficácia e a segurança dos NACOs, avaliando-se os desfechos embolia pulmonar (EP), trombose venosa profunda sintomática (TVPS), trombose venosa profunda assintomática (TVPA), sangramento maior e sangramento menor clinicamente relevante. Os resultados obtidos indicaram que não houve diferença estatística significativa entre a prevenção realizada com os NACOs e a enoxaparina para os desfechos EP, TVPS, sangramento maior e sangramento menor clinicamente relevante. Por outro lado, para o desfecho TVPA houve diferença significativa entre o grupo intervenção e o grupo controle, favorecendo o tratamento com os NACOs, embora este resultado pareça ter sido motivado pelo resultado favorável para a edoxabana. Sendo assim, os NACOs parecem pelo menos igualmente eficazes em relação ao tratamento convencional com enoxaparina para prevenção de tromboembolismo venoso em pacientes submetidos à artroplastia de quadril e de joelho, para os desfechos analisados. Esses resultados apoiam o uso dos NACOs por serem menos invasivos na forma de administração em relação à enoxaparina, aplicada por via subcutânea, mas não são decisivos para sua indicação.
New oral anticoagulants (NOACs) have appeared in the market with indication for the prevention of venous thromboembolism in patients submitted to knee or hip arthroplasty surgery. NOACs act in the coagulation cascade as factor Xa inhibitors and as direct thrombin inhibitors. The aim of the present study was to evaluate the effectiveness and safety of NOACs (apixaban, dabigatran, edoxaban and rivaroxaban) for the prevention of venous thromboembolism in knee or hip arthroplasty surgeries. The comparison was based on standard treatment using enoxaparin, a low molecular weight heparin. The study was performed through a systematic review with meta-analysis, considering phase 2 and 3 studies that referred to the efficacy and safety of NOACs, evaluating the outcomes pulmonary embolism (PE), symptomatic deep vein thrombosis (SDVT), asymptomatic venous thrombosis (AVT), major bleeding, and clinically relevant minor bleeding. The results indicated that there was no statistically significant difference between the prevention of NOACs and enoxaparin for the outcomes PE, SDVT, major bleeding and clinically relevant minor bleeding. On the other hand, for the AVT outcome there was a significant difference between the intervention group and the control group, favoring the treatment with the NOACs, although this result seems to have been motivated by the favorable outcome for the edoxaban. Thus, NOACs appear at least as effective compared to conventional enoxaparin treatment for the prevention of venous thromboembolism in patients undergoing hip and knee arthroplasty for the outcomes analyzed. These results support the use of NOACs because they are less invasive in the form of administration with respect to enoxaparin, applied subcutaneously, but are not decisive for their indication.

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