O teste de amplificação de ácidos nucléicos (NAT) e as demais estratégias para detecção dos vírus HIV-1 e HCV na triagem de sangue doado

BRATS: Boletim Brasileiro de Avaliação deTecnologias em Saúde; 2 (3), 2007
Ano de publicação: 2007

O teste de amplificação de ácidos nucléicos (NAT) é uma tecnologia desenvolvida para a detecção do RNA e DNA de agentes infecciosos virais, tais como o vírus da imunodefi ciência humana tipo 1 (HIV-1) e da hepatite C (HCV), em doadores de sangue destinado à transfusão. Até o surgimento dos testes NAT, eram exclusivamente utilizados na triagem da infecção pelo HIV e HCV em doadores de sangue testes de detecção de anticorpos e/ou antígenos virais por método imunoenzimático, os testes ELISA. Os testes NAT foram implantados com o propósito de identifi car doadores com níveis de anticorpos indetectáveis pelos exames sorológicos convencionais. Outras alternativas foram propostas, como os testes de detecção de antígeno viral p24 do HIV-1 e do nucleocapsídeo do HCV, agregadas à detecção de anticorpos. Tendo em vista a importância de se comparar as diferentes estratégias de triagem em relação aos testes NAT e a ausência de estudos publicados sobre o tema, em especial para a realidade brasileira, são apresentadas no presente Boletim algumas estimativas de redução do risco residual de transmissão dos vírus HIV-1 e HCV pelo sangue. Para estas estimativas, foram utilizadas taxas regionais de incidência em doadores de sangue, e os períodos de janela publicados na literatura. Há um número limitado de estudos científi cos visando à determinação do período de janela do HIV e HCV, utilizando testes imunológicos e moleculares. Os dados mais confi áveis, obtidos em estudos de coorte prospectiva, se baseiam em um número muito reduzido de indivíduos. Em virtude da amplitude do risco residual estimado para as estratégias de triagem aqui consideradas, não se pode afi rmar que exista diferença signifi cativa entre as estimativas. É importante destacar que além das estratégias de triagem do sangue doado, como os testes NAT, outras intervenções que visem aumentar a segurança transfusional podem ter, eventualmente, um impacto maior na redução do risco residual do que a implantação de tecnologias que objetivam estreitar a janela imunológica. Dentre tais intervenções, encontram-se: o aprimoramento da seleção dos doadores, o desestímulo à doação motivada pelo acesso aos testes sorológicos, a melhoria dos sistemas de informação e a avaliação dos incidentes relacionados ao uso de hemocomponentes.

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