Avaliação de custos associados a fraturas por fragilidade no Sistema Único de Saúde (SUS) e no Sistema de Saúde Suplementar (SSS) no Brasil
Evaluation of costs associated with fragility fractures in the Brazilian Unified Health System (SUS) and the Supplementary Health System (SSS)

J. bras. econ. saúde (Impr.); 13 (3), 2021
Ano de publicação: 2021

Objetivo:

Estimar a utilização de recursos e os custos médicos diretos associados às fraturas por fragilidade, sob as perspectivas do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Sistema de Saúde Suplementar (SSS) no Brasil, por meio de abordagem de microcusteio.

Métodos:

Para a determinação do padrão de utilização de recursos, foi conduzida uma revisão da literatura sobre o manejo das fraturas por fragilidade (fêmur proximal, terço distal do rádio e vértebra). As condutas foram validadas por dois especialistas. Foram considerados apenas custos diretos, sob as perspectivas do SUS e do SSS como fontes pagadoras, a partir de listas oficiais de preços adequadas a cada categoria de custos e a cada perspectiva.

Resultados:

Os custos finais médios atribuídos ao tratamento cirúrgico da fratura de fêmur proximal, sob as perspectivas do SUS e do SSS, foram de R$ 5.612,13 e R$ 52.384,06, respectivamente. Para as fraturas do terço distal do rádio, os custos médios por paciente para o tratamento conservador e cirúrgico foram de R$ 661,53 e R$ 1.405,21, respectivamente, sob a perspectiva do SUS, e de R$ 8.917,75 e R$ 21.689,92, para a perspectiva privada. Quanto às fraturas vertebrais, os custos por paciente para o tratamento conservador e cirúrgico foram de R$ 1.165,93 e R$ 9.775,56, respectivamente, no cenário do SUS, e de R$ 15.053,32 e R$ 54.596,78, respectivamente, sob a perspectiva do SSS.

Conclusões:

No Brasil, custos diretos das fraturas por fragilidade são relevantes, justificando a preocupação não apenas clínica, mas também econômica para fontes pagadoras e sociedade

Objective:

To estimate the resources utilization, and direct medical costs associated with fragility fractures, from the perspectives of the Unified Healthcare System (SUS) and Supplementary Healthcare System (SSS) in Brazil, through a microcosting approach.

Methods:

A literature review was conducted regarding the management of fragility fractures (proximal femur, distal radius third of the radius and vertebra) to determine the pattern of resource utilization. The methods were validated by two experts. Only direct costs were considered, from the perspectives of SUS and SSS as paying sources, based on official price lists appropriate to each cost category and perspective. Public bid databases provide the actual market prices for the SUS perspective.

Results:

The average final costs attributed to the surgical treatment of the proximal femur fractures from the perspectives of SUS and SSS were BRL 5,612.13 and BRL 52,384.06, respectively. For fractures of the distal radius, the average costs per patient for conservative and surgical treatment were BRL 661.53 and BRL 1,405.21, respectively, from the SUS perspective, and BRL 8,917.75 and BRL 21,689.92, from the private perspective. For vertebral fractures, the cost per patient for conservative and surgical treatment were BRL 1.165,93 and BRL 9.775,56, respectively, in the SUS scenario and BRL 15.053,32 and BRL 54.596,78, respectively, under the SSS perspective.

Conclusions:

In Brazil, direct costs of fragility fractures are substantial, justifying not only clinical but also economic concerns for payers and society

Mais relacionados

Queremos sua opinião!

Sua opinião é muito importante!

Conseguiu localizar o que procurava?
Utilizaria a BVS ECOS novamente?
Por que utilizaria ou não? Deixe seu comentário.
Confirme o texto acima

x