Evolução das desigualdades sociais na utilização de serviços de saúde: análise para as regiões e as unidades da federação do Brasil
Inequality trends in the use of health services : analysis for the regions and states of the federation of Brazil
Tendencias de la desigualdad en el uso de los servicios de salud : análisis de las regiones y los estados de la federación de Brasil

Planej. polít. públicas; (46), 2016
Ano de publicação: 2016

O objetivo deste artigo é avaliar a evolução das desigualdades na utilização de serviços de saúde para as regiões e as Unidades da Federação (UFs) do Brasil. São estimados índices de concentração (ICs) e de desigualdade horizontal que levam em conta o fato de que os indivíduos têm diferentes necessidades e que estas podem afetar o uso de serviços de saúde. São utilizados dados das Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Pnads/IBGE) de 1998, 2003 e 2008 e simulados por bootstrap os desvios-padrão, dado o processo complexo de amostragem da Pnad. No uso de consultas médicas, encontra-se evidência de desigualdade favorável aos ricos para o Brasil como um todo, para todas as regiões e para a maioria das UFs. Esse padrão, contudo, evolui positivamente, embora em 2008 o viés pró-rico ainda seja observado. A desigualdade também caiu em todas as regiões, exceto no Centro-Oeste. O mesmo ocorreu na maioria das UFs, exceto em Rondônia, no Amapá, no Rio Grande do Norte e em Goiás, em que a desigualdade aumentou. No Distrito Federal, o aumento na desigualdade pró-rico no uso das consultas médicas foi particularmente importante. No que diz respeito às internações hospitalares, não foram encontradas evidências de desigualdade, uma vez que índices estimados não foram estatisticamente significantes para a amostra como um todo, para as regiões ou para os estados.
The aim of this paper is to assess the evolution of inequalities in the utilization of health services in the regions and states of the Federation of Brazil. We estimate concentration indexes and horizontal inequity indexes that take into account the fact that individuals have different health needs that affect their use of health services. We use data from Pnads 1998, 2003 and 2008 and simulate standard errors using bootstrap in order to deal with the complex sample aspect of Pnad. We find pro-rich inequality in the use of physician services for Brazil, its regions and most of Federative Units. This pattern, however, evolved positively, although in 2008 the pro-rich bias is still observed. Inequality fell also in all regions, except the Midwest. The same happened in most of the Federatives Units, except Rondônia, Amapá, Rio Grande do Norte and Goiás, where inequality increased. In Dist rito Federal the increase in inequality was particularly important. Regarding hospitalizations, we find no evidence of iniquities as the estimated indexes are not significant for the whole country, for the regions and states.
El objetivo de este trabajo es evaluar la evolución de las desigualdades en el uso de los servicios de salud para las regiones y los estados de la Federación de Brasil. Están los niveles de concentración y los índices de desigualdad horizontal que tengan en cuenta el hecho de que las personas tienen diferentes necesidades y que éstas pueden afectar el uso de los servicios de salud estiman. Pnad dedatos se utilizan para 1998, 2003 y 2008 y simulados por desviaciones estándar de arranque, dado el complejo proceso de toma de muestras Pnad. El uso de las consultas médicas, pruebas favorablesa los ricos desigualdad para Brasil como un todo, para todas las regiones y para la mayoría de lasunidades de la Federación. Este patrón, sin embargo, ha evolucionado positivamente, aunque en 2008 todavía se observa el sesgo pro-rico. La desigualdad también se redujo en todas las regiones excepto en el Medio Oeste. Lo mismo ocurrió en la mayor parte de las unidades de la Federación, con excepción de Rondônia, Amapá, Rio Grande do Norte y Goiás, donde aumentó la desigualdad. En el Distrito Federal el aumento de las desigualdades en favor de los ricos en el uso de las citas médicas fue particularmente importante. Con respecto a las hospitalizaciones, no se encontraron pruebas de la desigualdad como índices se estima que no fueron estadísticamente significativas para la muestra en su conjunto, para las regiones o estados.

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