Considerações sobre a sustentabilidade do Programa Hiperdia em um município de pequeno porte: Ubajara, CE

Ano de publicação: 2017
Teses e dissertações em Português apresentado à Universidade Federal de Goiás para obtenção do título de Especialista. Orientador: Santos, Adelia Aparecida Marçal dos

A Transição Demográfica Brasileira tem trazido consequências para a saúde pública. Dentre elas a conjunção de doenças crônicas não transmissíveis com doenças transmissíveis pois a primeira está intimamente relacionada com um aumento da população idosa. As doenças crônicas não transmissíveis foram responsáveis por 63% das causas de óbitos em 2008 em todo o mundo. O diabetes e a hipertensão arterial sistêmica (HAS) são exemplos de doenças crônicas não transmissíveis mais prevalentes no Brasil. Ambas são responsáveis pelo aumento da morbimortalidade por doenças cardiovasculares, pois são os principais fatores na rede de causalidade das doenças cardiovasculares crônicas e de outras doenças crônicas não transmissíveis. O Hiperdia é um programa do ministério da saúde que tem por finalidade realizar o cadastramento de pacientes portadores de hipertensão arterial sistêmica e Diabetes Mellitus, além de realizar o monitoramento e a sistematização das informações para dispensação de medicamentos no SUS. Levando em consideração que as decisões em saúde têm sido bastante complexas, diante das limitações de recurso e das mudanças de perfil demográfico e epidemiológico, as avaliações econômicas se fazem de extrema importância para mapear custos, avaliar a efetividade e o impacto de intervenções no sistema público de saúde. Analisando a mudança de perfil demográfico, epidemiológico e escassez de recursos o presente estudo objetiva colaborar para a compreensão dos custos do Programa Hiperdia no município de Ubajara, no Ceará e realizar uma análise do perfil de morbidade e mortalidade por Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus. Trata-se de um estudo descritivo com análise de dados secundários provenientes do Datasus no período de 2008 a 2015 na cidade de Ubajara-CE. Dos resultados encontrados observa-se que o sexo feminino possuem cadastros para HAS e DM maiores que para o sexo masculino, e a faixa etária com maior prevalência para HAS no sexo feminino é de 45 a 59 anos e para o sexo masculino é de 60 a 74 anos. Para DM a faixa etária prevalente para o sexo masculino e feminino é de 60 a 74 anos. Sobre os custos pode-se observar que foram maiores para os exames de dosagem de glicose, medicamentos, e através das estimativas das consultas também observa-se aumento. Os números absolutos de internações pelas duas patologias diminuíram no período de 2008 a 2015 mas os números de absolutos de mortalidade praticamente mantiveram-se constantes no mesmo período.

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