O desafio da equidade: fatores associados aos gastos com a produção ambulatorial na atenção secundária
The equity challenge: factors associated with outpatient production expenditures in secondary care

J. bras. econ. saúde (Impr.); 10 (3), 2018
Ano de publicação: 2018

Objetivo:

Analisar quais as variáveis socioeconômicas, estruturais e demográficas possuem maior associação com a produção e os gastos ambulatoriais de média complexidade no estado de Minas Gerais no ano de 2014.

Métodos:

Estudo ecológico, analítico observacional em uma população de 853 municípios do estado de Minas Gerais agregados por 77 Comissões Intergestoras Regionais (CIRs). Foram realizadas análises descritivas, bivariada e multivariada, entre o gasto com a produção e variáveis explicativas sociodemográficas e econômicas, cobertura da estratégia saúde da família, número de médicos especialistas e de atenção básica, e oferta (equipamentos) dos serviços em média complexidade.

Resultados:

A caracterização socioeconômica, demográfica e de estrutura dos serviços de saúde das CIRs indicou heterogeneidade nessas variáveis.

Foi evidenciada correlação positiva entre a produção e o gasto per capita ambulatorial em média complexidade com as variáveis:

produto interno bruto (PIB), renda média domiciliar per capita, índice de desenvolvimento humano municipal (IDHM), condição de habitação, sexo feminino e médicos especialistas e de atenção básica. Evidenciaram-se ainda correlações negativas com as variáveis: taxa de analfabetismo e cobertura da estratégia saúde da família. Na regressão linear múltipla, a variável condição de habitação apresentou maior valor preditivo em relação à produção per capita em média complexidade e as variáveis “médicos especialistas”, “condições de habitação” e “equipamento RX” mostraram maior valor preditivo para gasto per capita em média complexidade.

Conclusão:

Os resultados fornecem evidências de que a infraestrutura e a condição socioeconômica das CIRs estão determinando a maior produção e gastos ambulatoriais de média complexidade, pois regiões com menor infraestrutura e condição socioeconômica tendem a gastar menos

Objective:

To analyze which socioeconomic, structural and demographic variables have a more relevant association with the production and outpatient expenses of medium complexity in the state of Minas Gerais during 2014.

Methods:

Ecological, observational analytical study with a population of 853 municipalities in the state of Minas Gerais aggregated by 77 Regional Interactive Commissions (RICs). Descriptive, bivariate and multivariate analyzes were performed between production expenditure and socio-demographic variables and economics, coverage of the Family Health Strategy, number of specialist doctors and Basic Care, and supply (equipment) of services in medium complexity.

Results:

The socioeconomic, demographic and structural characterization of the health services of the RICs indicated heterogeneity in these variables.

Positive correlation between production and outpatient per capita expenditure was evidenced in average complexity with the following variables:

GDP, average household income per capita, HDI, housing condition, female gender, medical specialists and basic care.

There were also negative correlations with the variables:

Illiteracy rate and coverage of the family health strategy. In the multiple linear regression the housing condition variable presented a higher predictive value in relation to per capita production in medium complexity, and the variables “medical specialists”, “housing conditions” and “RX equipment” showed higher predictive value for per capita expenditure in complexity.

Conclusion:

The results provide evidence that the infrastructure and the socioeconomic status of RICs are determining the higher production and outpatient expenses of medium complexity, since regions with lower infrastructure and socioeconomic conditions tend to spend less.

Mais relacionados

Queremos sua opinião!

Sua opinião é muito importante!

Conseguiu localizar o que procurava?
Utilizaria a BVS ECOS novamente?
Por que utilizaria ou não? Deixe seu comentário.
Confirme o texto acima

x