Custo-efetividade da empagliflozina em pacientes com diabetes mellitus do tipo 2 com alto risco cardiovascular na perspectiva da saúde suplementar
Cost-effectiveness of empagliflozin in patients with type 2 diabetes mellitus with high cardiovascular risk in the Brazilian private healthcare system perspective

J. bras. econ. saúde (Impr.); 11 (1), 2019
Ano de publicação: 2019

Objetivo:

Avaliar a custo-efetividade da empagliflozina adicionada ao cuidado usual para tratamento de diabetes mellitus tipo 2 (DM2) no cenário da saúde suplementar brasileira.

Métodos:

Foi utilizada simulação de eventos discretos, com dados de efetividade baseados no estudo EMPA-REG OUTCOME. Foram incluídos pacientes com DM2 e alto risco cardiovascular (histórico de cardiopatia isquêmica, acidente vascular cerebral ou doença vascular periférica). O horizonte temporal foi o tempo de vida; a taxa de desconto foi de 5% ao ano. Os dados de utilidade foram predominantemente de estudos brasileiros. Para estimar os custos de eventos/condições com diferença estatisticamente significativa no EMPA-REG OUTCOME (insuficiência cardíaca, diálise, morte cardiovascular), foi feita uma revisão sistemática, que identificou estudos com dados da saúde suplementar. O limiar de disposição a pagar utilizado foi 1 produto interno bruto (PIB) per capita (2017: R$ 31.587). Foram conduzidas análises de sensibilidade determinísticas e probabilísticas.

Resultados:

No caso-base, a empagliflozina gerou ganho de 0,66 ano de vida ajustado para qualidade (QALY) na comparação com o cuidado usual, com acréscimo de R$ 12.630 e relação de custo-efetividade incremental (RCEI) de R$ 18.895/QALY. Na análise determinística, nenhuma variação de parâmetro resultou em RCEI acima do limiar. A análise probabilística teve RCEI média de R$ 19.878/QALY (intervalo de credibilidade de 2,5% a 97,5%: R$ 5.237-R$ 36.451). Considerando 1 PIB per capita, 50% das simulações seriam custo-efetivas; para 2 PIB per capita, o percentual ultrapassaria 90%.

Conclusão:

Considerando o limiar de custo-efetividade adotado, de 1 PIB per capita, a empagliflozina se mostrou custo-efetiva em relação ao cuidado usual na perspectiva da saúde suplementar brasileira.

Objective:

To evaluate the cost-effectiveness of empagliflozin added to usual care in type 2 diabetes mellitus (T2DM) in the private healthcare sector.

Methods:

We used a discrete events simulation model with effectiveness data based on the EMPA-REG OUTCOME trial. The population included patients with T2DM at high cardiovascular risk (history of ischemic heart disease, stroke, or peripheral vascular disease). A lifetime horizon and a 5% annual discount rate were used. The utility data used were predominantly from Brazilian studies. To estimate the cost of events/conditions with statistically significant difference in the EMPA-REG OUTCOME trial (heart failure, dialysis, cardiovascular death), a systematic review was performed to identify studies with data from the private healthcare system. A willingness-to-pay threshold of 1 GDP per capita (2017: R$ 31,587) was considered. Deterministic sensitivity analysis and a probabilistic sensitivity analysis were performed.

Results:

In the base case, empagliflozin generated incremental 0.66 QALY as compared to usual care, with an added cost of R$ 12,630 and incremental cost-effectiveness ratio (ICER) of R$ 18,895/QALY. None of the parameter variations evaluated by deterministic analysis generated ICERs above the cost-effectiveness threshold. Probabilistic sensitivity analysis revealed mean ICER of R$ 19,878/QALY (credibility interval 2.5% to 97.5%: R$ 5,237 to R$ 36,451). Considering 1 GDP per capita, 50% of the simulations would be cost-effective; considering 2 GDP per capita, over 90% would be cost-effective.

Conclusion:

Considering a threshold of 1 GDP per capita, the study shows that empagliflozin was cost-effective from the perspective of the Brazilian private healthcare sector.

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